quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O rigor da Renault

Lucas di Grassi esteve ontem no programa Linha de Chegada, apresentado por Reginaldo Leme, no Sportv.
Revelou curiosas atitudes sobre o tratamento dado pela equipe a seus pilotos. A pressão exagerada sofrida por Nelsinho a dez minutos dos treinos e das corridas não era exclusividade do brasileiro. Na verdade, os membros do programa de jovens talentos são submetidos a situações semelhantes desde cedo.
Di Grassi contou que a poucos instantes da largada daquele Grande Prêmio de Macau, recebeu um telefonema da Renault com a seguinte mensagem: "Se você perder esta corrida, está fora de nosso programa".
Lucas venceu, largando da terceira colocação. Salvou-se. Mas essa foi apenas uma das várias inibições que recebeu. O Programa de Desenvolvimento de Pilotos da Renault possui uma filosofia extremamente dura com seus integrantes, por isso apenas di Grassi, Grosjean e Kovalainen chegaram ao final. Um dos que ficaram pelo caminho foi inacreditavelmente Robert Kubica, que, coincidência ou não, terminou a mesma prova de Macau em segundo, ao perder o duelo para Lucas.
O método da seleção natural de Briatore é tão chocante quanto seu resultado final: eles conseguiram promover Kovalainen e eliminar o Kubica. Mas não deve pairar nenhum arrependimento por parte deles. A extrema pressão psicológica é ponto chave do sistema de trabalho do grupo, por mais absurda e/ou desnecessária que possa parecer para nós.
No caso do Nelsinho, o que mais assusta é o fato de Flavio ser seu manager. Se fosse apenas chefe da equipe... mas é também empresário do piloto. Piquet o paga. Para quê? Para pressioná-lo? Para ameaçá-lo?
Quem tem um manager assim não precisa de adversários na pista. Qualquer rival poderia tranquilamente lhe fazer forte oposição sem cobrar nenhuma porcentagem de seu salário.

9 comentários:

Anônimo disse...

Realmente, um programa que revela Kovalenha e dispensa Kubica, não presta.

Na história do Nelsinho, uma coisa fica na minha cabeça: se o Briatore era tão chato, tão mau como Manager, porque ele não rompeu antes? Será que o Nelsinho, ou o Nelsão que fazia tudo por ele, não conseguiria mantê-lo na equipe, ou tê-lo colocado em outra, se o manager não fosse o Briatore?

Fico impressionado com o modo como o Nelsinho se deixou "humilhar" por tanto tempo em nome da vaga na F1. Porque mal piloto não é, e se não tivesse entrado via Renault poderia muito bem ter entrado por Force India, Williams, Honda, ou outras equipes furrecas, já que a Renault tem sido furreca também, e ao que parece o importante é apenas estar lá correndo.

Ron Groo disse...

Se outro cara conta isto eu não acreditaria, mas o Lucas tem crédito.

Chocante, abjeto, repugnante.

Briattore devia ser excluido do mapa.

Unknown disse...

eles colocaram kovalaien na frente de Kubica? só isso já deberia fazer reconsiderar o método.

Willian disse...

Concordo com o "F-1 A.L.C.". Só esse fato já serviria para fazê-los repensar as coisas.
Mas não o fazem porque gostam de ser assim. Não lhes importa se perdem um grande piloto.
Eles querem pilotos submissos ao desmandos deles. É como numa ditadura...
Esse método da Renault é mediaval, mas infelizmente ainda existe...

ander010 disse...

Ta certo a Renault, olha que espetáculos de resultados vem conseguindo com esse método!!

Marcos Antonio disse...

esse método relamente é falho. Passou o Kovalixo e ficou o Kubica? Além disso, pelo o que andam dizendo do Briatore, ele tá merecendo uma vaga na Ferrari!

Mura disse...

Pagar pra passar humilhação foi dose, hein. hahaha

Anônimo disse...

realmente q belo programa... dispensar o Kubica e passar o Kova. Melhor a gente tentar ver se o programa da Red Bull está indo bem das pernas hein. Flws

Filipe disse...

Olha sem defender a Renault, mas nas categorias menores o Kova andou mais que o Kubica. Para quem viu os dois andarem com frequencia antes da F1 apostaria no finlandes mesmo.