Infelizmente, Peter Sauber não conseguiu reassumir o controle da equipe que lançou há mais de quinze anos. Talvez esteja arrependido de confiar aos alemãs o futuro de seu time, ao contrário do que fez Frank Williams, ao chutar a mesma turma para fora de sua garagem.
O suíço havia mantido 20% das ações da Sauber, trabalhando apenas como consultor da BMW. Agora que resolveram pular do barco e exibir a placa de venda, exigiram ao dono original um valor alto demais.
"As negociações com a BMW fracassaram porque as exigências foram simplesmente muito altas para mim. Consequentemente, não pude assinar o Pacto de Concórdia, que garante pagamento de milhões e teria assegurado o futuro da equipe", disse Sauber.
Quando uma montadora deixa a categoria, faz uma ceninha rápida e logo vai embora. Mas quando falamos de um garagista, é sempre mais difícil. A escuderia mudou de nome, mas os funcionários ficaram, a sede é a mesma, a estrutura... Tudo que o Peter construiu está lá. Para ele, ver seu time ser descartado como escória industrial de uma montadora de automóveis chega a ser humilhante:
"Estou incrivelmente desapontado e desconsolado. Este é o dia mais amargo da minha carreira de 40 anos no automobilismo. É também um retrocesso devastador para minha equipe", lamentou. "Agora, precisamos encontrar outra solução, e a responsabilidade cabe à BMW. E, como antes, estou disposto a ajudar, nem preciso dizer".
Peter Sauber comandava uma das equipes mais queridas do grid. Mesmo com aquele jeitão sisudo, era um homem menos durão do que aparentava. Hoje, não pretende voltar ao pit wall como diretor, tudo o que deseja é que sua cria tenha vida longa na F-1.
Quem sabe algum bom comprador não lhe dê esse gostinho? Seguem as negociações...
4 comentários:
Não é fácil, Felipão. Imagine a frustração dele. Monta todo um esquema, esperando o título, para a montadora acabar com tudo, três anos depois. Lamentável...
É uma pena que isso aconteça. Que isso sirva de lição para outros "garagistas" pensarem duas vezes a fazer o mesmo no futuro...
Triste demais isso, e uma "traição" da BMW. Tomara que a partir deste e de outros episódios envolvendo a retirada de montadoras da categoria, o circo da F-1 tire lições e aprenda a não confiar tudo nas mãos das montadoras.
É realmente lamentável, mas aprendi que na F1 é assim mesmo. Lembremos de outras grandes como Lotus, Brabham etc.
E isso, exatamente depois de uma ótima temporada no ano anterior...
Antes do início do atual campeonato, tinha decidido torcer pela BMW. Que decepção!
Abraços.
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