Cortes e padronizações

A temporada 2009 nem começou e a FIA já pretende estabelecer mais uma série de obrigações para 2010. É o que garante o jornal Financial Times.

As medidas visam fortalecer o processo de corte de custos, limitando o orçamento das equipes em 50 milhões de euros - correspondente a quase R$ 150 mi. Para efeitos comparativos, o investimento da problemática Honda em 2008 é estimado em US$ 400 milhões, algo em torno de R$ 925 mi.

O jornal conta que a Federação padronizará partes técnicas tidas como "não-competitivas": caixa de marcha, rodas, sistema de freios e suspensão.

O consultor técnico da FIA, Tony Purnell, acredita que o pacote de mudanças permitirá a abertura de novas áreas de desenvolvimento para o futuro: "Manteremos a filosofia central de que os engenheiros trabalham em coisas que são relevantes para a sociedade, como economia de combustível e eficiência".

E assim a Fórmula 1 segue abrindo mão da essência da competitividade para se adequar à crise financeira. Ao menos nenhuma dessas inovações no regulamento são tão polêmicas quanto à padronização de motor, que felizmente não foi aprovada.

2009 é só o começo de uma era mão-de-vaca imposta pelas regras de Mosley. O presidente só está fazendo aquilo que precisa ser posto em prática para evitar a retirada de escuderias em massa da F-1. Vai haver alguns protestos mas muitas alterações serão concretizadas. Simplesmente, isso é necessário.