Renault é culpada

Hoje foi mais um dia de julgamento na F-1. Antes da cerimônia, a parte acusada ameaçou a rival: "Seremos absolvidos e a partir do momento que a decisão for anunciada, vamos pensar em uma ação legal. A nossa reputação foi difamada".

Ao contrário do que disse o Briatore, absolvida a Renault não foi, porém sequer chegou a receber punição.

A história teve início em setembro de 2006, quando o engenheiro Phil Mackareth deixou a McLaren e se mudou para a Renault levando consigo informações sigilosas de sua ex-equipe. Sabe-se que pelo menos 9 funcionários tiveram acesso a esses dados.

Nesta quinta, em Mônaco, o Conselho Mundial julgou mais um caso de espionagem, e a Renault foi considerada culpada por ter violado o artigo 151c do Código Internacional Esportivo, ou seja, por oferecer risco à imagem do esporte. Mas como esse esporte é inexplicavelmente diferente dos demais, não basta provar que o crime foi cometido, deve-se deixar claro que o réu se beneficiou de seu ato ilegal, caso contrário dá tudo em pizza. E deu.

Na base do "eu vejo o futuro repetindo o passado", a FIA repetiu o veredicto do primeiro julgamento do Stepneygate, envolvendo McLaren e Ferrari, em que a McLaren foi culpada sem receber punição.

Amanhã a Federação publicará as transcrições do evento, e em qualquer dia desses o Alonso decidirá seu futuro. Agora ele pode se sentir mais seguro para escolher a Renault, desde que esqueça um acordo de um ano só e aceite um contrato longo. Essa é uma imposição da escuderia, cabe a ele baixar a cabeça e assinar, caso ainda pense em lutar por vitórias no ano que vem.