sábado, 13 de junho de 2009

Pilotos piores

Nem tudo melhora quando se amplia um grid de vinte carros para 26. Se tivéssemos como medir o nível médio de pilotagem, poderíamos apostar numa queda de valor para o ano que vem. Até porque o nível atual já é bastante alto, basta reparar que as poucas vagas existentes estão bem preenchidas, cada equipe tem pelo menos um piloto de destaque.
Não é como na época da Minardi, em que o time reformulava completamente sua dupla de um ano para o outro, sem falar na dança das cadeiras internas ao longo da temporada. A transição 2008-2009 foi extremamente congelada: ocorreu uma aposentadoria, uma promoção, uma estreia de piloto, e nada mais. 18 entre 20 competidores mantiveram-se no mesmo cockpit. Não há dúvidas de que a F-1 atual ostenta um nível excelente. Mas isso está para piorar.
Mais carros, mais espaço, maior a chance de pilotos fracos voltarem a figurar.
Duas das novas escuderias já anunciaram pretenções de contratar bandeira ao invés de piloto. A US F1 (tem que escrever separado senão o Ecclestone dá chilique) vai colocar ao menos um americano para guiar. O último ianque ainda tinha um sobrenome legal, mas quem vier agora talvez nem isso tenha. Mesmo que possua um, existe mais risco de sujar este nome - a exemplo do que fez o seu pai - do que de elevá-lo ao status conquistado por seu avô.
A Campos Grand Prix é outra que pretende investir em país sem tradição. Adrián Campos revelou que dará prioridade aos pilotos conterrâneos. Só a possibilidade de vermos Marc Gené e Roldán Rodriguez nos cockpits já desanima.
Pensando friamente, faz pouco sentido assinar com dois competidores de mesma nacionalidade. Faz tempo que não acontece na F-1, porque é financeiramente desinteligente. Mas o que acontece com o estranho no ninho? A quem andou cogitando uma participação do Rubinho no time estadunidense, uma pergunta: Já imaginou o Ken Anderson ordenando que a Danica Patrick recebesse o melhor equipamento em detrimento do Barrichello?
Bem, por enquanto são muitas considerações hipotéticas. Fica a ressalva de que jovens promessas também deverão se beneficiar desta abertura de vagas, por isso nomes como Senna, Grosjean e di Grassi são esperados para 2010. Mas antes, claro, a categoria tem de ratificar sua existência.

10 comentários:

Unknown disse...

es indudable, el nivel va a bajar.... no habia pensado en eso!!

por otra parte, hay una serie de candidatos jóvenes en categorias de base que mueven rumores de posibles entradas a equipos desde hace unos dos años... y también creo que Takuma Sato deve estar haciéndose ilusiones, especialmente después del retorno de Rubens.

inevitablemente, alguno de los nuevos equipos a a necesitar los servicios de un piloto conexperiencia en la F1... o por lo menos que ya probó un carro

Will disse...

Essa é a F1 que Mosley tanto queria...

Loucos por F-1 disse...

Felipe, concordo com você! O nível pode cair muito com a entrada dessas equipes. Não dúvido aparecer piloto querendo comprar lugar para temporada. Podemos ver muita besteira por aí em 2010. Mas, vamos aguardar para conferir.

Abraços!

Leandro Montianele

Felipão disse...

Concordo com vc, Felipe. No entanto, eu acho que são essas equipes que faltam pra dar uma agitada na F1. Era muito engraçado acompanhar uma Andrea Moda, por exemplo, rebolando pra participar das corridas... e por ai vai,.

Marcos Antonio disse...

o nivel d epilotos pode cair,mas de quando em quando sempre surge uma revelação nessas equipes nanicas, é raro,mas acontece...

Ingryd disse...

Eita confus'ao que esse povo nos arruma eim.,..

Anônimo disse...

Eu já tô começando a gostar da idéia da divisão. A "FWC" - Fota World Championship (acabei de inventar) - seria legal, se saísse do papel. Ótimos pilotos, ótimas equipes, em um ambiente seguramente mais relaxado e leve do que o da F-1 atual, e o melhor: voltando a correr em pistas tradicionais. Seria uma tacada de mestre.

E não se esqueça de que estamos no século XXI, onde tradição equivale a lixo. A F-1 é tradição. Logo, desaparecer não é tão difícil assim.

Quanto aos pilotos, realmente, a tendência é termos pilotos piores, mas imagino que muitas "sobras" de 2009 estarão nessas novas equipes de 2010, como Bourdais, Piquet...

Anônimo disse...

eh a mais pura vdd msm o que vc disse Maciel. Até acho q vc foi bonzinho nos exemplos rs Meu medo é ter de novo Mazzacanes e cia.... aí seria o fim da picada. Flw

Anônimo disse...

Que estes pilotos imaginados realmente são deprimentes, não há como negar, mas o angulo pelo qual vc está olhando a questão é um tanto quanto negativo. Vamos mudar? Em que tipo de equipe pilotos como Senna e Alonso estrearam na F1? Estas equipes podem muito bem ser a porta de entrava para grandes talentos, visto que o grid está tão fechado.

Daniel Médici disse...

A Minardi colocava pilotos ruins no grid, mas foi a primeira a dar chance a Alonso. Assim como a Toleman deu a Senna, a Ensign a Piquet... Acho muito, muito, muito relativo esse negócio do 'nível de pilotos' baixar. Na minha opinião (e ressalto que ela é não mais que minha opinião) a F1 deu um belo tiro no pé ao restringir o número de pilotos no grid, pois grandes pilotos não surgem prontos. Eles precisam de experiência. Muita experiência.

O Vettel é o melhor exemplo disso. É o piloto por excelência da geração de testes que andava nas sextas-feiras dos GPs. Não à toa venceu tão rápido. Kubica também: não à toa foi terceiro poucas provas após sua estreia.