terça-feira, 30 de junho de 2009

Retirada providencial

A aposentadoria do Coulthard foi a grande mão na roda para a equipe Red Bull nessa virada de campeonato. Isso porque Sebastian Vettel merecia demais ser promovido, os energéticos não segurariam o alemão por mais tempo numa equipe pequena, ele era muito maior que a Toro Rosso, tão grande quanto os olhos que se voltavam para aquele talento capaz de vencer um GP em um time pequeno, fato que não ocorria desde 2003, com a Jordan em Interlagos.
A vaga da Red Bull abriu-se no momento certo, David Coulthard resolveu pendurar o capacete. A despedida evitou um duelo desnecessário entre Webber e o escocês para fazer companhia a Sebastian, que tinha de ascender ao time A imediatamente. Coulthard é mais piloto que Mark, mas a fase de fim de carreira chegava a ser catastrófica. Se tivesse tentado manter-se no cockpit, provavelmente perderia a briga, por maior que fosse o respeito da equipe por ele.
Em 2008, o australiano foi muito superior em todos os aspectos, com exceção do quesito crash test. David Coulthard virou um muro ambulante, o número de acidentes nos quais se envolveu superou a quantidade de corridas na temporada. Eu sei porque Ron Groo contou.
O vídeo não mostra exatamente todas as pancadas do ano, nem mesmo todas as batidas do britânico. Deve ser por causa do tempo da música de fundo que os youtubers colocam para piorar o vídeo. Mas o escocês participa de uma considerável parcela das lambanças. Justo ele, que sempre foi um piloto mais neutro e técnico, estava irreconhecível. Definitivamente era hora de abandonar as pistas.
Hoje, observando o desempenho da RBR, ele deixa escapar um certo arrependimento, como quem tanto plantou e deixou o negócio na época da colheita.
"Em um esporte de tanta pressão, você tem de ser capaz de se recuperar, voltar e entregar todas as horas. Questionei se ainda tinha energia para fazer isso. Porém, do jeito que as regras mudaram, é quase certo de que teria energia para disputar mais essa temporada", disse. "Mas sinto que a Red Bull tinha boas alternativas, e seria melhor reconhecer antes do que depois que era hora de sair", ponderou.
De fato, Coulthard teve um grande peso no trabalho de desenvolvimento desde que saiu da McLaren e se engajou no desafio da Red Bull. No entanto, considerando a remota possibilidade de ter batido Vettel ou Webber numa suposta briga pelo cockpit titular, seria difícil imaginá-lo fazendo um trabalho melhor que os pilotos da dupla atual.
Vettel segue despontando como estrela da Fórmula 1 e Webber vive seu melhor momento na categoria. Coulthard pode ter perdido a bocada, mas fez a escolha certa. Mais até pela equipe, agora em plena ascenção, do que para ele próprio.

3 comentários:

Ron Groo disse...

E não seria Vettel maior que a Red Bull também?

Eu ainda acho que ele vai acabar parando na Mclata ou mesmo na Ferrari.

Claro torço para que a boa fase da Red Bull se perpetue e que a equipe se torne uma das grandes, segurando assim o alemãozinho em seu cockpit e promovendo pegas legais com as duas que citei...

Sim David bateu, tirando uma média por baixo ao menos duas vezes por corrida.
Claro... em média... Ainda bem que se aposentou.
Foi jogar bingo.

Felipão disse...

É... o Coulthard já tava pra lá de lento. E esse carro novo é muito bom. Ainda dá pra sonhar com o título, com certeza...

Anônimo disse...

O Coulthard parou porque vinha o Vettel não tinha mais chance!

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