"Foi demais. Definitivamente demais". Assim disse Bernie Ecclestone, sobre o castigo aplicado pelo Conselho a Flavio Briatore. O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo espera que a sanção seja reduzida em breve.
Também já falei sobre isso aqui. O que fizeram com Briatore foi notavelmente excessivo. Se tivessem punido apenas pela manobra de Cingapura, ele poderia pegar os mesmos 5 anos de Pat Symonds, o que já seria uma pena gritante. O fato é que os senhores da F-1 realmente queriam se livrar do carcamano de uma vez por todas. E usaram o episódio de Cingapura como impulso para expulsá-lo do automobilismo para todo o sempre.
Aliás, até os fãs da categoria se interessaram por dar um pé na bunda do italiano com uma pena vitalícia. Mas, ao contrário do Montezemolo, não ando cogitando a menor possibilidade de a FIA voltar atrás. Todos eles comemoram o banimento arquitetado neste julgamento, da mesma forma que Flavio comemorou a vitória arquitetada em Cingapura.
Ecclestone revelou mais detalhes do caso, destacando a infeliz resistência de Briatore: "Primeiro, Flavio foi convidado a aparecer no Conselho Mundial da FIA e seus advogados disseram que a FIA não tinha jurisprudência para julgar isso, o que provavelmente estava certo. Mas não era a coisa certa a se dizer".
"Seria tão simples aparecer lá e dizer 'fui pego com a mão na massa, pois na hora a ideia pareceu boa, e agora peço desculpas'. A FIA é uma organização que trabalha muito bem com a ideia de que as pessoas vão e confessam o que fazem. Honestamente, sou amigo de Flavio, mas ele lidou muito mal com a situação, pois poderia ter levado tudo de uma maneira diferente. O Conselho diria 'você foi um garoto muito levado' e pronto, seria isso".
Também não precisa simplificar tanto assim, Bernie... Se o Symonds levou 5 anos tendo reconhecido seu envolvimento; com o perseguido Flavio seria daí para pior. O ex-chefão se recusou a baixar a cabeça diante do juri, e acabou facilitando punição máxima.
Trata-se, sobretudo, de politicagem. Ninguém ali é a pessoa mais indicada para dar aulas de ética ou buscar a justiça plena. Muitos no circo sabiam da história, mas ela só se tornou interessante de ser pesquisada após a demissão do Nelsinho, que deve ter chantageado o antigo chefe em vão para assegurar a vaga. Se o Piquet tivesse emplacado na F-1 neste ano, nada viria à tona.
Tudo é uma questão de interesse. A eliminação de Briatore não foi justa. Foi apenas interessante.
4 comentários:
Concordo, foi jogo de interesses, queriam o alvo fora e conseguiram, nada a ver com justiça desportiva.
Eu sou do time dos que acham que todo castigo pra corno é pouco.
Flavio tem mais... Tem mais é que se ferrar mesmo.
A F1 agora é apenas um jogo político...infelizmente...
como ele não apareceu... azar... tudo que foi feito no dia do julgamento acabou acatado...
azar o dele...
Ecclestone e Montezemolo defedendo que a punição do Briatore e injusta. Ai tem coisa!!!!!!Deve ter alguns podres bem cabeludos.
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