A revista Autosport apurou e publicou algumas conclusões sobre o caso de Cingapura. Consta que houve uma reunião entre Nelsinho e os chefes Briatore e Symonds pela tarde, horas antes da largada para o GP. Ali, teria sido dada a ordem.
Mas Pat Symonds, além de negar a iniciativa, apontou o brasileiro como o mentor da manobra: "Durante a reunião de domingo com Piquet, a questão de um acidente deliberado para a entrada do safety car foi abordada, mas pelo próprio piloto. Foi apenas uma conversa".
Comentário comprometedor esse, hein, Mr. Symonds, que admite a existência da ideia... Mas será que o Nelsinho virou fã do Alonso da noite pro dia? Ou do dia pra noite, se preferir...
Bater por livre e espontânea vontade por amor ao time ou ao companheiro de equipe é uma hipótese um tanto remota. Uma coisa é o piloto aceitar o golpe por pressão, ameaça ou promessa de renovação. Outra é querer bater por conta própria em nome da felicidade da equipe. Soa um pouco ininteligível, não?
Quando o Galvão anunciou a demissão do piloto, não sabia que ele seria rapidamente readmitido após uma reunião em Mônaco. O que Nelson Piquet disse a Flavio naquela ocasião? Uma boa ameaça é o que se imagina.
Fato é que Nelsinho se sustentou por mais uma corrida, na Hungria. De acordo com a Austosport, no dia da prova húngara, Nelsão entrou em contato com Max Mosley e fez a denúncia. O prazo de Piquetzinho na Renault já havia se encerrado, mas ele teria deixado uma surpresinha para o ex-patrão.
A FIA contratou os serviços da empresa Quest, que enviou dois investigadores à Bélgica, no fim de semana da F-1 em Spa, para entrevistar alguns membros da escuderia francesa.
Diz a Autosprint que a análise de telemetria denunciou um movimento suspeito. A reação normal do piloto no erro (?) do Piquet seria tirar o pé do acelerador na tentativa de retomar o controle, mas Nelsinho seguiu acelerando. O piloto teria sido instruído a estampar o carro no muro da curva 17, onde não havia guindaste para agilizar o procedimento, o que obrigatoriamente traria o safety car à pista.
Por outro lado, Flavio Briatore contra-ataca alegando ter se tornado vítima de extorção da família Piquet. O diretor assume que houve encontro com o brasileiro na tarde do GP de Cingapura, mas nega todo o resto, se limitando a dizer que seu piloto "estava em um estado muito fraco de espírito".
A defesa do italiano sobre a acusação é pouco convincente: "Existem gravações de áudio onde eu expresso decepção quando vejo no monitor as imagens do acidente de Nelsinho".
Francamente, o sr. Flavio sempre deu pinta de ator com fone no ouvido. Quantas vezes a câmera já o focou com uma reação calculada, uma brincadeira, um balançar de cabeça... Se a batida foi proposital, toda a conversa de rádio foi um verdadeiro disfarce, incluindo o "sorry" do Piquet.
Quanto mais leio sobre o assunto, mais desconfio do Briatore. Mas quem tem que julgar são os homens do Conselho. Uma semana depois de Monza é que os efeitos da bomba serão conhecidos. No fundo, a maior preocupação para muitos não é conhecer a verdade ou a mentira, e sim saber se a Renault continuará na Fórmula 1. Quanto ao Nelsinho, dizem que voltará pilotando pela equipe Campos. A ver.
9 comentários:
Patética essa tentativa de inverter os fatos por parte de Briatore. Tá mais do que na cara que ele tem culpa no cartório...
é questão de tempo que tudo seha resolvido, pelo jeito...
Essa do Nelsinho ajudar o Alonso foi demais, oh desculpa em rs.
Muitas coisas ainda vão surgir, isso é só o começo. Só espero que os culpados possam ser punidos.
Abraços, Jessica Corais
Acho tudo isso lamentável. É de dar nojo, de todos os envolvidos, incluindo Alonso, que certamente sabia da história, mas deve ter o respaldo de ser um bicampeão mundial a seu favor.
Não é o caso de desconfiar. A Autosport não é de cometer erros, basicamente tudo o que foi dito é o que foi apurado até aqui. Nelsinho não merece estar na F-1 se se submete a colocar sua própria segurança e a de outros pilotos em risco em troca de uma merda de contrato.
Por mim, gostaria de ver todos eles fora da F-1.
Fatos lamentáveis que eu sinceramente achava que era coisa de menino chutado pela namorada.
Sou obrigado a mudar de opinião diante dos fatos, mas minha duvida persiste: Por que ninguém fala do Alonso nesta questão. Ou vão alegar que o maior interessado na bagaça toda não sabia de nada?
Que coisa... eu tb não imaginava que isso ia ganhar tamanha projeção e repercurssão. E fora que a cada dia fica mais provada a marmelada. Essa desculpa do Simmons e o Briattore são ruins de doer mesmo. E olha que o Nelsão já dizia que estava na Hungria por motivos q todos iriam saber.
Bruno Flávio disse:
Sem querer ser bairrista e defender o Nelsinho, mas venhamos e convenhamos: quem tem coragem de dizer não a uma ordem do patrão?
Aquela história de "meus princípios acima de tudo" ou "prefiro se demitido a fazer isso" é bonita... é romântica, mas não põe feijão na panela de ninguém.
Se meu chefe me mandar matar alguém, não vou matar. Mas e se ele mandar "apenas" cometer um desvio ético, uma pequena fraude, algo similar? Bem... que cada um pense no que faria.
Eu não tenho dúvida que todos os envolvidos devem ser punidos - Renault, Briatore, Alonso e Nelsinho.
O que deve variar é o peso da punição. E ninguém me tira da cabeça que a maior punição tem que ser para o mandante.
vergonha, nelsinho superou o barrichello.
vergonha, alonso superou o schummacher!
kcta velho, Fórmula Nojo.
Este caso está parecendo o do Mensalão. O maior interessado (Alonso) não sabia de nada. No mensalão, o maior interessado era o Lula, que também não sabia(?) de nada. Igual cá, lá vai sobrar para algum fiscal de pista que "bandeirou" errado ou algum pedreiro que deixou uma saliencia no muro. Brasil e Formula 1 estão muito perecidos. Vejamos uma equipe de formula um comandada por Lula, Z Dirceu e Genoino, tendo como porta vozes a Dilma e a Marta e, como pilotos, o Sarney e o Mercadante. Esse "Team" ganha até da Renault.
Jacaré não morde jacaré, Briatore tem vários escândalos como Beneton do Schumy com controle de tração que era proibido em 1994, algumas irregularidades nos Renault e agora está batida, já o Piquet pai não é santo o Eclestone em 2011 declarou que os Brabham (leia-se o carro que o Piquet pilotava) eram mestre na arte de fazer carros cheios de trapaças,e que hoje é mais difícil de trapacear porque a fiscalização é maior, o próprio dono da Brabham disse isto, sem contar que o Piquet adora fazer guerra psicológicas contra pilotos.
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