Vai que é tua, Galvão!

Após o GP da Malásia, está aberta série "Vai que é tua, Galvão!", onde poderemos julgar sua narração, apontando não apenas os erros mas também os acertos, embora seja inevitável falarmos mais dos erros que de qualquer outra coisa. Comentei no post 'Caros blogueiros...' agradecendo a todos que colaboraram com sugestões. Mais uma vez, obrigado.

Comecemos, então, do início: treino de classificação.

Desrespeitando o Hamilton e tratando o Kubica com excesso de respeito, o narrador global já deixava bem claro que, pelo resto da vida, chamaria o inglês de Robinho como se esse fosse seu nome e se dirigiria ao polonês como Kubitça, embora este já tenha aceitado a nova pronúncia. Não tem jeito, pessoal, vamos ter que aguentar essa chatisse para sempre.

Num momento da transmissão, a câmera pega alguém não muito famoso nos boxes da Ferrari. Eis que vem a pérola: "esse aí é o... o... esqueci o nome, mas ele é uma pessoa muito legal". Tão legal que ele não lembra o nome.

Quando apareceu o gráfico da força G, o locutor mostrou-se desapontado. Antes, podia ficar dizendo que o piloto passa marcha pra cima, marcha pra baixo, sobe o giro do motor e não sei mais o quê. Que diria ele agora? Bolinha pra lá, bolinha pra cá? Bolinha pra direita, um pouco mais pra cima, agora pra esquerda mais embaixo mas ainda em cima? Sacanagem... Cortaram a diversão do nosso Galvão, coitado!

Na corrida é que ele se supera:

Quando estava passando o replay de uma imagem do Massa, em uma de suas investidas sobre Lewis Hamilton, o Galvão narrava como se fosse ao vivo. Quando percebeu a gafe, soltou a interminável frase: "Tava igual demais, tava igual demais, tava igual demais". Depois de uns segundos de silêncio: "Tava igual demais". Isso mesmo, quatro repetições. A última deve ter sido pra enfatizar...

Uma imagem recuperada no carro do Rubens mostra o brasilerio passando o companheiro. E dá-lhe Galvão: "O Rubinho tinha passado o Jenson Button e agora vai pra cima do Jenson Button". Hein? Até que ponto isso seria possível?

Sobre o erro do Massa: "Faltou um pouquinho menos de sujeira para ele tentar a ultrapassagem". Acho que no final das contas, sobrou sujeira, não é isso?

Felipe foi pros boxes e o ilustre narrador tenta adivinhar o tempo de parada. Ele chuta em 9 segundos. Tempo cronometrado: 9.4. Ohhhhh, ele acertou! Palmas pra ele, gente! O curioso é que o chute foi baseado numa estratégia de pôr mais combustível, o que não ocorreu. Quando Massa deixava os boxes, balançou o cabeça negativamente, o que prova que a equipe se atrapalhou e fez um pit stop demorado. Não tinha nada a ver com colocar mais gasolina.

Lewis Hamilton se aproximava da última curva e corria o risco de vir para o boxes. O garoto apontou na reta principal e deixou o pit stop para a volta seguinte. Galvão diz: "E o Robinho foi embora". Ué, o Robinho estava no autódromo?

Alonso aparece reclamando do retardatário que o fez perder mais de um segundo naquela volta. O locutor faz uma graça: "Boa, Liuzzi! Mandou legal, Liuzzi!".

Pra encerrar, Galvão querendo ser simpático solta essa: "Feliz Páscoa pra você que está ligado aí na F-1 com a gente". Peraí, não vai desejar Feliz Páscoa pra minha mãe, que está durmindo, não?!