Vai que é tua, Galvão!

O inoxidável Galvão Bueno não nos decepcionou neste fim de semana, mais uma vez deu um show. A primeira dele foi a confusão com os números: "O GP do Canadá faz hoje 40 anos. O primeiro foi realizado em Monsport, não me lembro bem em que ano". Tá vendo, crianças, por isso que é bom não matar aula na escola...

Léo Baptista narrava a volta virtual pelo circuito, e depois veio o indispensável comentário: "O Léo Baptista, que é bom de braço, deve ter virado abaixo do tempo da pole do ano passado de 1:14.942". Galvão, se quer parecer engraçado, não force, seja natural.

O Coulthard cometia um erro atrás do outro, e o narrador enfatiza: "Tá com um problema de freio, nada importante. Tem um probleminha de freio, portanto tá com um problema de freio". É, o problema é sério...

Quando o Kovalainen não estava indo bem. "Isso aproxima cada vez mais o Nelsinho Piquet de um carro da Renault". Apenas se expressou mal, só isso. Vamos deixar essa passar, né?

Diálogo com o Burti:

-Você correu aqui?

-Já, em 2001.

-Bateu?

-Não, cheguei em 8º.

-Ah, então foi bem. Marcou ponto.

Sobre a declaração de Villeneuve: "Um cidadão chamado Jacques Villeneuve, pra falar português claro, meteu a boca no Lewis Hamilton!". Que isso?!!! Que baixaria é essa?! Isso é que é se expressar mal de verdade, que vacilo...

No finzinho da primeira parte da classificação, o Rubinho fez o 7º tempo até então, enquanto outros pilotos terminavam a volta, dentre eles o Button. "Rubinho foi pra 7º agora isso quer dizer que o Button fica entre os dez". Até onde eu sei uma coisa não tem nada a ver com a outra. Na prática, o inglês fez o 13º tempo, confirmando o equívoco do locutor.

Após inventar um piloto com nome de "Hamilson", começou a falar sobre investimento: "Se o orçamento da McLaren é de 900 milhões, o da Spyder é de 90 milhões'. Spyder? Estamos falando do filme do Homem-Aranha? "O da Spyder não, perdão, o da Spyker", corrigiu.

Últimos instantes do Q2: "O Jenson Button vai ficar fora e o Rubinho tá dentro, hein. Eu acho isso ótimo!". Resultado: Rubens cai para 13º e não se classifica. Que boca, hein, Galvão!

Durante os comerciais, Luciano Huck manda um alô para o Galvão, que responde todo atrapalhado: "Ah, Luciano Burti! Meu amigo Luciano Burti... Luciano Huck! O Burti tá aqui do meu lado".

Dessa vez, teve tanta maluquice na corrida, que as besteiras do narrador global ficaram bastante ofuscadas, a ponto de eu ter captado mais bobagens no treino que durante o GP. Vamos a elas.

Sobre o erro do Alonso logo na primeira curva: "Quase deu pro Massa passar o Alonso. Mas faltou um nada!". Quem mais neste planeta poderia dizer uma frase como essa?

Em relação ao muro dos campeões: "Eles abriram um espaço ali e o carro vai perto do muro e volta. É uma das grandes imagens da Fórmula 1!". Menos, Galvão, menos...

Quando o Safety Car entra, ele solta a pérola: "Safety Car na pista! Isso é bom para o Felipe Massa!". Alguns minutos depois, percebeu que era justamente o contrário: "É a pior coisa que poderia ter acontecido com o Felipe nesse momento". O cara é tão exaltado que nem pensa antes de falar.

Rosberg e Trulli foram dividir a curva 1, ambos rodaram, e o alemão ficou atravessado na pista. "Ele tá parado no meio do S do Senna ali!". S do Senna, Galvão?! No Canadá? Será que ele sabe o que é um 'S'?

Depois da entrada do último Safety car: "Rubinho se dá bem!". Ô, com certeza...

Já que começou o fim de semana se enrolando com a matemática, nada pior que encerrar fazendo feio com o português: "O Wurz é tão alto, que no 3º lugar do pódio ficou mais alto que o Hamilton no alto do pódio". Putz, isso foi quase uma poesia...