FELIPE MACIEL
Se alguém aí estiver a fim de fornecer pneus em 2011, a Fórmula 1 agradece, viu?
Esta é a nova grande preocupação que mexe com as estruturas da FIA. Nos últimos anos, temia-se a saída de equipes do grid. Boa parte das montadoras de fato saiu. Hoje a F-1 almeja alinhar 26 carros, sendo que apenas 4 marcas de propulsores estão disponíveis. São eles Ferrari, Mercedes, Renault, e o motor popular da Cosworth. Por pouco não se perde a Renault também. Seria muita equipe pra pouco propulsor.
Mas há problema mais imediato para ser resolvido: o fator borracha. Nos próximos meses, um contrato precisa ser firmado para garantir o fornecimento de pneus para 2011. A Fórmula 1 simplesmente não tem pneu garantido.
Melhor não perder seu tempo sonhando com uma possível reedição da guerra dos pneus. Se não está fácil conseguir uma fornecedora, que dirá duas. Além disso a federação deve estar satisfeita com o sistema monomarca. Os treinos aconteciam com quase 15 carros andando no mesmo segundo, e o corte de custos se faz coerente.
Por outro lado, a questão orçamentária limita os testes, que consequentemente dificultará o desenvolvimento dos compostos caso uma nova fornecedora entre no ano que vem. Vendo desse ângulo, nada melhor que convencer a Bridgestone a reconsiderar sua decisão e manter-se na categoria.
A entidade começou mexendo os pausinhos através de uma medida tímida, reduzindo de 14 para 11 o número de jogos disponíveis para cada piloto durante o fim de semana. Vale destacar que há mais GPs no calendário deste ano, e mais escuderia também, o que só a complica a atividade logística e gera mais gastos.
A propósito, o número de compostos biscoito e intermediário sustentam o mesmo número de 4 e 3 jogos, respectivamente.
Se isso for tudo, então a proposta parece fraca; seria mais produtivo ajoelhar-se e implorar para a Bridgestone ficar por mais algum tempo. O plano B está atrelado à exigente Michelin, que admite a possibilidade de retorno, desde que a FIA acate seu interesse em lançar regra de caráter ambiental, demonstrando o desempenho de seus pneus em função da economia de combustível e redução da emissão do CO2.
Será que Jean Todt topará seguir as ideias da marca francesa? Ou dará de ombros para eles, como fez em Indianápolis-05? Não que estivesse errado naquela ocasião, mas é apreciável notar a capacidade deste mundo dar voltas, não é mesmo?
Bridgestone ou Michelin? Quem fará a gentileza de não deixar a Fórmula 1 sem pneus em 2011? Esqueça as demais, elas já negaram qualquer vontade de assumir o serviço.
Em termos de calçados, este esporte ficou pouco atraente. Para torná-lo mais chamativo às empresas, regras especiais precisam ser aplicadas. Se a FIA inventou a jogada do macio/duro para dar relevo à Bridgestone, a própria Michelin está sugerindo o esquema que realçaria sua presença. E em princípio, a intenção dos franceses não parece nada ruim. Não me surpreenderei se voltarem de vez.
12 comentários:
Visto que não existe um outro fabricante experiente, capaz de fornecer pneus de qualidade para a F1, eu acho que a FIA não vai poder ser muito rigida e vai acabar cedendo as exigençias da Michelan. Não acredito que Bridgestone fique por mais um ano. Mesmo que fique, acho que em nada vai mudar na escolha de um novo fabricante.
A Michelan é a melhor escolha pra substituir a Bridgestone. Já esteve na categoria e sabe como fazer. Só saiu da F1 por imposição de Mosley. Ela quer voltar e espero que volte mesmo para o bem da F1.
Michelin de novo? Nããããoooo!!!
Achei a proposta da Michelin interessante. Resta saber se vão atender o que eles pediram.
Não é pra sonhar, mas que seria legal a guerra dos pneus, seria...kkkkkkkkkkkkk
É dona FIA, dona FOCA, eu gostaria de compreender o que é a visão de vocês sobre economia: 2009 na maior crise financeira mundial, a FIA permaneceu com o Kens e as equipes gastaram fortunas para tentar utilizar; esse ano foi proibido o abastecimento e as equipes estão gastando outra fortuna para construirem novos carros, nessa parte também não pensaram em custos, sem abastecimento o correto para economizar era não ter mais nenhuma regra sobre troca de pneus, mais uma vez a FIA não se preocupou com isso.
Será que fabricantes de pneus vão permanecer na F1 gastando fortunas?
Não seria ruim uma Michelin apostando no controle ambiental... A F-1 já precisa se render a isso!
A Michelin seria a melhor escolha. Mas a FIA nem sempre faz escolhas certas.
Eu sou a favor da livre concorrência por regra. Mas, especificamente em se tratando de pneus, fico com um pé atrás. E explico: tenho receio que o pneu tenha mais influência no desempenho do carro que todo o conjunto aerodinâmica-motor-piloto. Algo como gastar-se milhões para ganhar 0,1 segundo com a aerodinâmica, gastar outros milhões para aumentar 2 cavalos no motor e, ao final, vir um composto diferente de pneu e dar ao carro, de uma vez só, 0,5 segundo.
A impressão que sempre tive foi que o desempenho do carro é muito, mas muito mesmo, sensível ao pneu. Veja-se as diferenças de tempo entre pneu novo, pneu meia-vida e pneu gasto.
Me assusta a possibilidade da Virgin andar mais que a Williams, por exemplo, só porque tem um pneu diferente...
To pouco me lixando pro controle ambiental.
Só quero saber se não vão pegar aquelas marcas tipo Avon, que são altamente suspeitas e podem trazer insegurança aos carros.
Felipe,
Não gosto da monomarca na categoria,é sempre interessante assistir duelos entre marcas,mas atualmente a coisa anda preta,se ficar uma já está bom.
abraço
Vi uma reportagem que, por intermédio da ferrari, a Pirelli estava sendo sondada.
LEVANDO EM CONSIDERACAO DESEMPENHO E QUALIDADE, FICARIA COM A BRIDGESTONE.
JA QUE UMA VEZ, COM DIFICULDADES DE SE ADAPTAR A FORMULA 1, A MICHELIN PRECISA INVESTIR EM TECNOLOGIA PARA VOLTAR.
ABCS
Bridgestone pour moi même si Michelin reste un grand acteur sur le marché des pneumatiques. Malgré tout il serait interessant de revoir les 2 plus grands groupe mondial en concurrence
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