Novidade infeliz

A misteriosa asa em W da Renault é tão misteriosa que nem mesmo a equipe sabia dela.

De acordo com um jornal holandês, o aerofólio traseiro traria mágicos 5 décimos por volta e seria introduzido apenas em Melbourne para evitar que outras escuderias copiassem o aparato. Assim que o boato chegou aos ouvidos do time francês, todos se mostraram surpresos e negaram a existência do estranho objeto.

Aproveitaram para admitir melhorias em outra asa, a dianteira, utilizando os últimos testes para assegurar um ganho de um ou dois décimos a cada giro.

Também merece destaque a notícia do Grande Prêmio relacionada às explicações do chefe de motores da Toyota, Luca Marmorini, sobre o Sistema de Recuperação de Energia Cinética - famoso KERS - que será incorporado ao bólidos em 2009.

Entrevistado pela revista Autosprint, ele comenta sua decepção com a eficiência desta novidade:

"O sistema escolhido pela FIA me deixou perplexo, pois ele é muito primitivo. É extremamente simplificado em comparação com o que utilizamos no Toyota Prius (carro híbrido da montadora), ou do que o Supra que venceu as 24 Horas de Tokachi".

"O potencial dos motores híbridos é imenso, mas a solução escolhida pela entidade se restringe em recuperar a energia das rodas traseiras. Os parâmetros envolvidos deviam ser maiores".

Luca conclui: "Por exemplo, no Supra, recuperamos 70% da energia dissipada. Na F-1, só vamos conseguir buscar 20%. E isto que o equipamento vai ser o mesmo para todo mundo e virar só um acessório, perdendo validade técnica".

Realmente é pouco e sem perspectivas de evolução. Assim fica parecendo se tratar apenas de uma manobra da entidade para induzir o pensamento de que a categoria está engajada nas questões ambientais. É a velha história de que o importante não são os fatos e sim as aparências.

Come on, Mosley, é possível fazer melhor do que isso.