terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vai que é tua, Galvão!

Passadas as Olimpíadas e mais uma corrida de tolerância, o ilustre narrador Galvão Bueno voltou para onde não deveria ter saído: a cabine de transmissão da F-1. Retornou num momento bem estratégico, o histórico GP de Monza.
No sábado, ele não perdeu tempo. Assim que Nick Heidfeld rodou na última curva, o locutor logo tratou de mostrar que continua naquele ritmo bem afiado: "É uma curva de alta, ele estava ali na primeira perna da Parabólica...". Não diga... E quantas pernas a Parabólica tem?
Olha lá, não vai dar idéia para o Tilke...
Galvão se apegou à Parabólica de um jeito que não quis mais largar: "A chuva voltou a bater forte, olha a água, ele já sai ali da Parabólica", disse, referindo-se ao Massa, que acabara de contornar a curva di Lesmo...
De repente, a câmera corta de novo para o brasileiro. E dá-lhe Galvão: "Olha, olha, olha, olha, olha o Felipe". Tô olhando, tô olhando, tô olhando, tô olhando, tô olhando o Felipe...
"As McLarens andam melhor com pista fria, que dirá com pista molhada, com pneus de super-chuva. Super-chuva ficou bom...". Ô... Ficou ótimo. Perfeito para encerrar o treino.
No início da corrida, com a McLaren de Lewis Hamilton rendendo melhor que as Ferraris, lá vem o Galvão dividir seus conhecimentos técnicos e pneumáticos com o pessoal de casa: "Por que os carros da Ferrari têm esse problema? Porque... Por uma questão de contrução... Eu confesso não saber por quê...", esclareceu.
Câmera on board no finlandês: "Olha o que o Raikkonen tá enxergando... nada! É uma tarefa absolutamente impossível (!) para esses gênios!". Impossível? Para os gênios? Então os gênios fazem o impossível? Parece que todo piloto de F-1 tem um Tom Cruise dentro de si: a missão é impossível mas eles sempre conseguem completar... Palmas para os gênios, palmas! Para o Galvão também, palmas!
Lewis Hamilton passa o rival e dá um leve toque na asa do R28. "Olha aí, tocou. Ele veio para cima do Alonso e tocou na roda dianteira esquerda do Alonso". Amigo, se ele toca na roda do espanhol, joga o cara no muro do outro lado da pista...
Duelo entre Felipe Massa e Nick Heidfeld. Heidfeld! Eu disse Heidfeld! "O Felipe tá atrás do Raikkonen, e o Raikkonen tenta passar sempre nessa primeira di Lesmo". Onde? "...Nessa segunda di Lesmo". Já tinha confundido Parabólica com a di Lesmo, agora trocou a di Lesmo pela Variante della Roggia. Aiai... Ah, e não era Raikkonen, eu já disse que era Heidfeld!
Momento decisivo da prova. Tanto Massa quanto Hamilton haviam colocado os pneus intermediários. E eis que o narrador global soltou a frase de todas as frases do fim de semana. Respira fundo... lá vai: "Agora eles estão em igualdade de condições; se chover, chove pros dois!". Olha que bonito... Chega a ser comovente o espírito democrático de São Pedro. Se chover, chove para os dois. Se os outros dezoito derem sorte, ainda sobra uma chuvinha para eles também.
Instantes finais do GP, Sebastian Vettel se encaminha para a vitória, mas o Galvão não pára de puxar o saco do carro da Toro Rosso. "O projetista é Adrian Newey, um dos maiores gênios da Fórmula 1, o diretor-técnico é Giorgio Ascanelli, que já foi engenheiro do Ayrton Senna. O carro é bem nascido, o carro tem pedigree!".
Que Ferrari que nada! McLaren, mané McLaren... O negócio é STR. Viva o STR3, o carro mais incrível do grid! Deu até a vitória a um muleque lá...
Ufa... O cara caprichou na corrida de volta. Até que um GP da Itália não merecia menos que isso, não. As próximas atividades serão dentro de duas semanas, no breu de Cingapura. Se lá ele estiver igualmente iluminado como em Monza, é lucro pra gente.

11 comentários:

Aderson disse...

Felipe, com relação ao incidente entre Hamilton e Alonso, eu acho que o toque entre os dois foi de roda com roda.
Se o toque fosse na asa dianteira, não teria quebrado?

Raúl disse...

creo q alonso no perdona lo q le icieron el año pasado fue muy fuerte era como un espionaje

Thiago Raposo disse...

Mas sabe Felipe, que apesar de tudo eu ainda gosto dele :-)
Quando é o Cleber (que tb fala asneira), parece que não tem a mesma graça!
Enfim, um dos enquantos do Domingo é corrigir e dar risadas do Galvão...:-)
Você já assistiu a NASCAR no speed channel com o Lago e ou Figueirou?
Muito bom tb!
abraços

Anônimo disse...

Eu estava assintindo junto com minha namorada e cada asneira que ele falava eu corrigia, exatamente as mesmas citadas, e mais algumas. Em determinado momento ela olhou pra mim e perguntou: "vc quer saber mais que ele, que faz isso faz 30 anos?", não respondi nada... Mas vendo agora este post, respondo: Quero.

Anônimo disse...

kkk, nossa Felipe, não pensei que tinham sido tantas besteiras que ele tinha dito. Vc listou todas elas....kkkk
Olha, entre Galvão e Cléber, prefiro o Cléber, ele fala uma besteira de vez em qdo, mas o Galvão se supera (só não é pior que o Luciano do Valle narrando prova da Indy, e isso sou obrigado a aturar em todas as provas que passam na Band). É um tal de misturar nome de um piloto com sobrenome do outro, ressucitar pilotos mortos, trocar nacionalidade de pilotos e por aí vai.

Felipão disse...

Eu até achei que o Galvão ia falar aquele monte de besteira costumeira a respeito do Bergher...

"olhá lá, meu amigo Bergher, de tantos anos e blá blá blá"

Até que ele se conteve...

Anônimo disse...

Hahahaha... Tava com saudade das Galvanadas.

Anônimo disse...

Sensacional... O espirito democrático de S. Pedro foi a melhor de longe. hhehehehehe

Anônimo disse...

O "locutor" mais chato e insuportável de todos os tempos e em toda a história da humanidade!!!!! Não dá nem para ouvir os barulhos dos carros, o cara não cala a boca nem por um segundo... acho que é por isso que a Globo não o escala para narrar o Carnaval... seria impossível acompanhar o samba enredo das escolas!

Anônimo disse...

Muito bom, muito bom ... Concordo com o Ron Groo: "O espirito democrático de S. Pedro foi a melhor de longe. hhehehehehe"

Marcos Antonio disse...

Eu sinti falta do Galvão,as corridas não tem graça sem ele!rs