terça-feira, 28 de julho de 2009

Rádio OnBoard - Edição de Hungaroring

No ar, a edição número 50 da Rádio OnBoard!
Ao lado direito, Ron Groo, ao esquerdo, Fábio Campos. Em função dos acontecimentos conturbados do fim de semana, tivemos uma edição longa, bem discutida, e até séria, com exceção da entrevista do Nelsinho, que cita uns podres do Grosjean, conta qual a figura da F-1 desmaiou ao ver o Felipe na sala do centro cirúrgico do circuito, dentre outras verdades que só o Piquet não tem receio de soltar.
Eis a pauta:
*Incidentes sem punição na prova
*A histórica estreia de Alguersuari
*A polêmica punição da Renault
*O acidente de Felipe Massa e assuntos derivados
*Um debate sobre a segurança em monopostos
*Início de férias com equipe Brawn ameaçada
Embora tenhamos falado de assuntos pesados, fizemos uma enquete com tema mais light, que trata do layout dos capacetes. Quem quiser palpitar em nossa enquete basta clicar aqui.
Retornaremos dentro de duas semanas, no meio das férias da categoria. Até lá.

10 comentários:

DGF disse...

Felipe, só pra constar: o capacete NÃO aguenta um tiro de arma de fogo, mas sim a FORÇA de um tiro.

Pelo fato de a bala ser um objeto pontiagudo e concentrar a força em um único ponto, as múltiplas camadas de fibra de carbono não conseguem deter o projétil.

Entretanto, se submetido a uma pressão equivalente àquela que uma bala exerce, e até maior, o capacete não cede de jeito nenhum. É tudo uma questão de quilos por centímetro quadrado.

Quanto mais força e quanto menor a área, mais fácil perfurar, independentemente do material.

Quanto à capsula, eu acho que cobrir o cockpit é um exagero. A probabilidade de ocorrerem acidentes como o de Surtees, Massa e Pryce são muito menores do que a de ocorrerem acidentes em que o piloto pode ficar preso ao casulo fechado durante um incêndio ou um acidente grave e vir a morrer porque a equipe média não teve acesso rápido ao corpo do piloto.

É muito perigoso tomar atitudes impensadas por causa de fatalidades com essas. Eu não sou a favor do cockpit fechado e a lógica é bastante óbvia no meu entendimento. Se realmente houvesse a necessidade de fechar o cockpit, ele já teria sido fechado há anos.

Felipe Maciel disse...

Obrigado por comentar e por adicionar informações, Daniel.

Quanto ao piloto ficar preso, acho que não seria um desafio tão grande à engenharia desenvolver mecanismos confiáveis para estes casos. Tanto simples como complexos, tanto mecânicos quanto eletrônicos. Por exemplo, dispositos que detectam chamas e acionam algum mecanimo de abertura é tecnologia mais do que dominada pela humanidade.

Destaco também que ao longo dos últimos anos progredimos muito na questão dos acidentes mais prováveis, talvez esta seja a hora de começar a pensar nos mais raros e improváveis. Não se trata de atitudes impensadas; se a FIA por acaso cogitasse a possibilidade de investir em algo diferente desse tipo, faria os mais variados testes antes de implementar a mudança.

Fico imaginando, caso daqui a uns anos, um acidente semelhante mate algum piloto de F-1... será que a FIA não se meteria numa "saia justa" terrível, sofrendo pressão de todos os lados, depois de avisos recentes mais do que claros sobre a brecha na segurança?
Se não for a capsula, que seja outra solução. Só não se pode ignorar o fato e torcer para que não volte a ocorrer. Dizer que não há solução também não irá convencer depois de um novo desastre. É uma questão de concentrar esforços para encontrá-la.

Também tenho algumas restrições quanto à radicalidade do projeto, mas minhas restrições a tratar o caso como mero azar são ainda maiores.

Agradeço por nos ouvir e principalmente por participar da discussão polêmica.

Abs

ander010 disse...

Concordo com o Felipe, na verdade a humanidade tem o hábito de deixar acontecer primeiro, assim foi o caso do Senna, discussões e discussõ sobre segurança só foram intensificadas após a tragédia. Imagine se tivessem acontecido o pior neste acidente de Massa, como estariam os ouvidos da Fia hoje, gente é esporte a motor, é de risco? claro. Mais detectou a necessidade de aumentar a segurança, vamos ser precavidos, vai espera acontecer primeiro? É aquele caso, vc só tranca bem o seu carro, coloca alarme depois que o bandido vem e rouba. Parece que o apreço pelo esportes de algumas pessoas é tão grande, que se esqueçem que ali estão seres humanos, com famílias e filhos e outra ninguem ta ali pra morrer e sim atrás de objetivos, de realizar sonhos, olha só, ja pensou se o pior acontece a Massa, sua esposa tá grávida de cinco meses, ja pensou? Nada é mais importante do que a vida e nenhum piloto na formula 1 tem uma clausula no contrato dizendo assim:
Cuidado vc esta em um esporte que pode te matar um dia.
Respeito todas as opniões, esta por tanto é a minha!@
abs

DGF disse...

Felipe, um cockpit fechado resolve o problema dos impactos de objetos estranhos (algo, repito, altamente improvável), mas gera toda uma lista de NOVAS possibilidades que não há forma de serem calculadas.

Um carro capotar ou pegar fogo é muito mais comum que um carro ser acertado por OVNIs, por isso as probabilidades de algo dar errado em um sistema como o que vc sugere aumentam exponencialmente tornando difícil prever caso a caso ou, como vc diz, os casos mais raros.

Por isso eu falo da atitude impensada. Apenas cobrir o cockpit e criar um mecanismo de abertura não vai resolver o problema, porque vai criar milhares de outros novos e, pior, não conhecidos pelos engenheiros.

Mas enfim, isso é minha opinião e posso dizer que é a da maioria dos envolvidos com a F1, inclusive figuras como Ross Brawn e David Coulthard (e olha que ele que voou por cima do Wurz em Adelaide).

Quanto ao que o Ander010 disse, é extremamente ingênuo. Os pilotos sabem que existem os riscos. É bobagem dizer que não nada no contrato que diz que ele pode morrer na atividade.

Ora essa, se o pior acontecesse com Massa, ia ser uma grande fatalidade, mas a verdade é que ele, Rafaela, Titônio e todo mundo sabe que ele poderia morrer na pista de uma forma ou de outra.

Mais uma vez, repito: o problema não é tão simples e não pode ser resolvido apenas com um cockpit fechado.

O exemplo do carro roubado é péssimo, porque hoje em dia, mesmo se precavendo, como Ander010 diz, os bandidos levam os carros de qualquer maneira.

Não adianta trava, alarme, bloqueador, nada. Os bandidos hoje levam carros no GUINCHO! E aí, como se precaver contra isso? Só não saindo de casa, não é verdade?

E alguém sinceramente acha que algum piloto vai deixa de correr em Valência porque o cockpit está aberto? Não, não vai.

ander010 disse...

Ta certo, a partir de hj deixarei meu veículo com as chaves na ignição, em lugares escuros e pouco movimentados e com as portas abertas. Já que descobri que não adianta reforçar mesmo!!!

ander010 disse...

eu tambem sei que ao viajar com meu carro, estou correndo riscos,mais para minimisá-los obedeço as regras vigentes da legislação (não eradica, mais evita que algo aconteça) e tb sei que de tempos em tempos a legislação muda a fim de dar "mais segurança" aos elementos do trânsito. Concordo claro, não digo exatamente que encapsular o cokpit vai ser a melhor das soluções, mais estamos repletos de recursos de alta tecnologia que dá condições de "minimizar problemas desta natureza", que cobrir o cokpit não seja a solução tudo bem, mais não se estudar um meio de mudar a situção não é o mais sensato

Felipe Maciel disse...

Daniel,

só pra que fique claro, não defendo "apenas cobrir o cockpit e criar um mecanismo de abertura", como você disse. Defendo sim, que se estude todas as "novas possibilidades" e que se encontre uma solução, seja ela qual for, como disse o Ander010. Mas creio que uma capsula muito provavelmente faria parte dessa solução. O que não se pode é virar as costas, simplesmente.

A capsula não precisa abrir do modo tradicional. Para abrir, ela poderia entrar no carro em direção à parte traseira, acima do piloto; a fechar saindo dessa parte até encostar a carenagem à frente do piloto. Criar-se um modo de soltura, caso haja uma mudança angular da aceleração da gravidade em relação ao eixo de um dado peso (soltura em caso de capotagem). Também não seria um mecanismo de abertura, seriam vários, podendo ser aberto também com um botão do pit wall. O sensor de chamas interno, como disse acima, também poderia ser incorporado. São só considerações, ideias rápidas que surgem...

Enfim, eu defendo que se estude os mais variados casos, se assistam os mais variados vídeos. Que se pense em tudo que é hipótese. É um desafio para a engenharia. Se pensássemos que as coisas são impossíveis, não teríamos evoluído tanto. Defendo que se tente, que se criem grupos de foco. Não é tão simples como colocar a capota num carro, e não é uma mudança para 2010, isso demanda tempo.

Jean Cocteau fez um das frases mais felizes para a ciência e engenharia: "Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez".

Muitas coisas impossíveis já foram feitas na história. Não sei o quanto impossível isso é, só poderemos descobrir depois de haver uma tentativa realmente grande, dotados de toda a tecnologia que possuímos hoje.

Se o pior acontecesse a Massa, seria mesmo uma fatalidade. Mas se uma morte assim ocorrer dentro de uns anos sem que ao menos se tente achar alguma solução, a palavra "fatalidade" pode não ser unânime.

Mais uma vez, não defendo a capsula, defendo uma solução (ou tentativa de). Só fica difícil pensar numa solução sem capsula, neste momento...

E, antes que alguém pense em levantar a questão, não creio que seria uma forma desfigurar o automobilismo. A beleza das corridas não seria influenciada por essa mudança hipotética. Muito pior foi carnificina em certos circuitos, como em Hockenheim, por exemplo.

Mais uma vez: a discussão é muito válida, essa divergência de opiniões acrescenta muito.

vlw
Abs

ander010 disse...

Vale ressaltar tb que a gente apenas idealiza as coisas conforme demanda nossa imaginação, a engenharia possui tecnologia que pode criar algo muito alem da nossa percepção

Unknown disse...

Apenas para deixar claro: o capacete de Fórmula 1 aguenta sim, de fato, um tiro de revólver. Essas imagens já foram mostradas na TV em diversas oportunidades. Cito as duas vezes em que ví.


1) Especial feito pela Williams, na temporada de 2004, com o capacete de Ralf Schumacher, recebendo um tiro frontal.

2) Reportagem mostrada pela Globonews, após o acidente de Massa, em que o capacete recebe um tiro lateral.

Sobre a tal cápsula, já dei minha opinião na rádio.

Discussão muito válida, pessoal. Podemos até continuá-la na Rádio on Board, não é Felipe?

Abraços.

Anônimo disse...

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