domingo, 10 de janeiro de 2010

Glock, a salvação. Di Grassi, o 2° piloto

Timo Glock e Lucas di Grassi disputaram a temporada 2007 da GP2. O alemão levou o caneco com a poderosa iSport, enquanto a então campeã equipe ART havia perdido força após o título de Lewis Hamilton, e Lucas teve de amargar o vice. Bernie Ecclestone aproximou Timo da Toyota, já di Grassi seguiu se apoiando na Renault e batalhando na categoria de base. Os caminhos dos dois só voltaram a se cruzar agora em 2010.

Ambos formam a dupla da escuderia Virgin. Glock tem 2 anos de experiência mas sua maior vantagem sobre o Lucas talvez não seja essa. Desculpe o termo que segue, mas o diretor técnico da equipe se revelou um verdadeiro "baba-ovo" do alemão.
No dia em que Timo assinou, eu quase chorei, não pude acreditar.

Eu fiquei literalmente nas nuvens, porque Timo, para mim, representa tudo o que eu queria, alguem que já tenha andado com pneus slick, que tenha experiência de dois anos na F-1, que seja um campeão da GP2 e que seja ainda jovem!

Nick Wirth



Quanto ao di Grassi, o elogio foi mais tímido. Wirth gostou mais foi da leva de engenheiros trazida pelo piloto: "A vinda de Lucas também foi muito boa para a equipe. Vários engenheiros da Renault se juntaram a nós. Lucas foi test driver da Renault e estamos radiantes por seu feedback e por sua habilidade".

A Virgin é uma equipe que já surge sugerindo a existência de piloto privilegiado e piloto secundário na dupla. Uma herança da era Schumacher que tomou conta de muitas cabecinhas da Fórmula 1. Quando se trata de um time grande, vá lá, mas time pequeno não tem motivo algum para distinguir seus condutores.

O que ocorre, na verdade, é um choque de observações. Timo Glock já se identificou publicamente como líder, uma vez que a equipe, tão interessada em seus serviços, lhe deu motivos para acreditar que o seria. Mas perante a imprensa, o chefe Alex Tai prometeu o inverso: "Temos uma postura democrática e não achamos que é necessário ter um primeiro e um segundo piloto. Eles vão ter que correr juntos para tentar ser melhor que o outro".



Nesta época reveladora de jovens prodígios, valorizar o mais experiente em detrimento de um novato pode ser uma surpreendente má ideia. Timo Glock possui duas temporadas inteiras na bagagem, e nesse meio tempo não impressionou muita gente. Digamos que, se Lucas di Grassi for tão bom quanto Jarno Trulli, já será o bastante para superá-lo.

Três anos depois, os ex-GP2 se reencontram na F-1. Desta vez, possuem o mesmo carro e formam um interessante par na Virgin Racing, talvez a melhor dupla das novatas. Torço para que a equipe os trate da maneira mais justa possível, porque neste momento parecem pilotos bem nivelados e dali podem sair bons duelos internos que darão gosto de ver na retaguarda do pelotão.

8 comentários:

Felipe disse...

Incrível. O Di Grassi sempre é colocado pra escanteio. Até na hora dos elogios. hahahahah

anderson disse...

pucha vida, como é que alguem pode enchergar algo maguinífico no Timo. O Di Grassi não tem mesmo vida fácil, lutou para chegar na F1 e pelo geito terá de lutar agora para derrubar um suposto status do seu adversário

Thiago Wilvert disse...

eu acho que o Di Grassi passa o Glock...claro, desde que realmente tenham condições iguais...

Ron Groo disse...

Eu sei muito pouco sobre o Di Grassi, mas para o Glock ser considerado a salvação é por que deve ter muita coisa estranha ai.
Eu nunca fui com a cara do tal do Richard Virgin, e tô vendo que não estava me enganando.

Aderson Pereira disse...

Não ficarei surpreso se derem preferençia ao Glock no inicio da temporada.
Timo tem 2 anos de F1, é mais experiente em corridas. Lucas não tem, ainda, muito conhecimento. Sua falta de experiençia pode pesar na decisão da equipe.

Tem certa lógica o time, inicialmente, investir mais no Timo Glock.
Caberia ao Lucas através de um bom trabalho de acertos e resultados, lutar pelo "seu lugar ao sol" na equipe.

Lucas deverá evitar se envolver em acidentes (algo um pouco comum em sua carreira automobilistica) nesta sua primeira temporada. A equipe tem um bom orçamento mas não tá afim de ter muito prejuizo. Isso seria fatal para o di Grassi.

marcos disse...

pra mim, o Di Grassi dá umpau no Glock,Di Grassi é constante e em equipe pequena isso é importante pra caramba.

Anselmo Coyote disse...

O Di Gratis quer moleza? Ok. Que tome sopa de anelídeos da classe Oligoqueta, ordem Haplotaxidaminhocas. Garantia total da ausência de osteócitos. O cara não fez p.rra nenhuma e quer igualdade com um veterano. Eu queria ver esse merdinha correndo na Renault junto com o Alonso.
Abs.

Pinheirinho - Brasília/DF. disse...

Lucas Tucci Di Grassi, paulista de 25 anos, é o mais novo brasileiro na Fórmula 1. Promessa brasileira desde que começou a correr, no Kart, Lucas enfim vai realizar o sonho de correr na F-1. Com quatro brasileiros na F-1 2010, Di Grassi prevê anos de aprendizado para si e para o compatriota Bruno Senna, que também vai correr pela vez na categoria com um carro da estreante equipe espanhola Campos. Lucas foi o melhor piloto da GP2, em 2008: carreira sólida chega ao auge na F-1.
Pinheirinho é divulgador cultural é maranhense, a partir de Brasília. - E-mail: pinheirinhoma@hotmail.com