Menos uma

Enquanto a Renault vai se complicando com a denúncia de espionagem, a Toyota resolveu tirar o corpo fora. O próprio chefe da equipe japonesa, John Howett, não acredita mais num acordo com o espanhol Fernando Alonso.

"Não estou certo de que estejamos prontos para oferecer a Fernando o que ele procura", afirmou.

Já que não conseguiu trazê-lo para o time, nada melhor que agourar para o lado da concorrente Red Bull: "Não acredito que eles estejam preparados para ter um piloto do nível de Alonso. Eles precisam de mais alguns anos de experiência na Fórmula 1 para ter condições de vencer ".

Mas as coisas não funcionam bem assim. Com a confusão na Renault e a desistência da Toyota (que aposta na contratação de Timo Glock), as bebidinhas energéticas ganharam mais força na briga pelo Alonso, sobretudo após a reunião do empresário do bicampeão Luis García-Abad com o dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz, e o co-proprietário da Toro Rosso, Gerhard Berger.

De acordo com o jornal As, o encontro foi positivo e colaborou para que se obtivesse informações sobre as questões técnicas do grupo, que por sinal são de alto nível.

Uma boa impressão, porém, não é o suficiente. Os investimentos de patrocinadores virão com muito maior peso se Fernando optar pela Renault, que deve ser considerada a favorita até o dia 15 de novembro, quando supostamente encerrará o prazo dado pelo poderoso Carlos Slim para o fechamento do negócio que inclui a presença do brasileiro Nelsinho Piquet na dupla titular, além de apoio ao retorno de Alonso, se ele resolver cooperar, é claro.

Mas caso dê uma zebra e a Red Bull acerte com o asturiano, já tem especulação prontinha para tentar prever o vem em seguida. Antes, diziam que Coulthard se aposentaria, agora há quem diga que o escocês pode se transferir para a Toro Rosso ocupando a vaga de Sebastien Bourdais, que continuaria por mais um ano na Champ Car, onde conquistaria o entediante tetracampeonato.

Especulação tem aos montes; certeza, que é bom, nada. E a novela continua.