quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Anacrônica?

Tendo que passar o dia fora, resolvi lançar o post um pouco mais cedo hoje.
O Parlamento da União Européia emitiu um comunicado à FIA solicitando que a Fórmula 1 entrasse nos eixos para se tornar um esporte ecologicamente correto.
"Acreditamos que o automobilismo tem um papel importante em mudar a atitude e o comportamento dos consumidores com relação às tecnologias 'amigas do meio ambiente'. A Casa pede à Federação Internacional de Automobilismo e outras entidades envolvidas na Fórmula 1 para mudar suas regras. Queremos que ela use tecnologias mais ecológicas, como biocombustíveis, motores de quatro cilindros ou híbridos, que poderiam ser mais facilmente aplicados".
Na verdade, a Federação já trabalha em mudanças favoráveis ao meio. Nesta temporada, é obrigatória a utilização de 5,75% de bio-combustíveis. Há poucos dias, foi redefinida a regra do congelamento de motores, válida por cinco anos. Após este período um conceito de propulsor mais ecológico será inserido nos carros da categoria. Para o mundial de 2009, estuda-se o sistema de reaproveitamento da energia gasta nas frenagens. Sem contar que a entidade reduziu o tempo da super pole deste ano visando eliminar o patético período de queima de combustível durante o treino oficial.
Por essas razões, não foi nenhum grande desafio político conquistar a simpatia do presidente da FIA através das idéias divulgadas pela UE:
"Fico muito feliz com o reconhecimento dado pelo Parlamento Europeu ao papel do esporte a motor em relação ao desenvolvimento de tecnologias 'verdes'. Com o apoio das montadoras que competem na Fórmula 1 e, com o conhecimento adquirido pelos engenheiros da categoria, esperamos que novos regulamentos encorajam a transferência de tecnologias para os carros domésticos, em benefício da sociedade".
Não basta, porém, despertar o interesse de Max Mosley. Como toda grande mudança, essas propostas precisam ser discutidas entre as equipes, o que demanda tempo. O fato, agora, é que a F-1 está recebendo pressões externas para se enquadrar rapidamente no contexto ambiental que mobiliza cada vez mais os diversos esportes, diversas empresas, diversas entidades e nações na busca pela preservação do planeta.
E o Mosley deve estar adorando receber o apoio do Parlamento para a formulação de regras dessa natureza. Afinal, 4 cilindros é com ele mesmo.

7 comentários:

Anônimo disse...

É, vejamos em quê isso reflete no esporte e se impacta mesmo em mudança no comportamento de quem assiste.

Net Esportes disse...

dá-lhe biocombustível neles !!!!!

Renan Becker disse...

É bom ver o topo da cadeia da velocidade de mono-postos preocupados com o meio-ambiente, eu acho que eles deviam simplesmente tornar obrigatório o uso de catalisadores, a poluição seria drasticamente reduzida. A mas os carros iriam perder potencia? Essa regra iria implicar em novos modelos de catalisadores com menos restrição e mais eficiência, o que seria bom para o mundo todo.

Priscilla Bar disse...

Sou totalmente a favor,mas será que tanta mudança de uma vez nao vai "modificar" muito a F1??

Anônimo disse...

Acho uma grande besteira.
Corridas de carro nao é nunca será um esporte ecologicamente correto.

Podem modificar e reduzir a poluiçao com tecnologias mais ecológicas, mas será apenas pra mudar o modo como muitas pessoas veem o automoblismo.

Blog F1 Grand Prix disse...

Essa história de "Fórmula 1 Verde" é absolutamente ridícula. Vocês sabiam que todo o combustível gasto pela categoria - somando todos os testes, treinos e corridas - equivale a um único vôo Londres-Nova York?

A Fórmula 1 tem que diminuir as emissões por outro motivo. Quando a categoria encontrar uma forma de poluir menos, essa tecnologia será logo adaptada aos carros de rua. Aí, sim, a economia vai ser notada...

Por enquanto, somos obrigados a ouvir baboseiras como o comunidado da UE e a resposta toda perfumada do Mosley. Motores V4? É o cúmulo, não??

Grande abraço!

Gustavo Coelho

hjg disse...

o melhor para o esporte a motor, e que Deus me perdone... Max Mosley tem ou sair da FIA ou morrer, tamben Bernie.