Fisichella fecha o grid

Depois de tanto adiar, o magnata Vijay Mallya enfim anunciou sua equipe de pilotos. O alemão Adrian Sutil já era dado como certo. Os italianos eram os favoritos às demais vagas, o que acabou se concretizando. Sem surpresas, Giancarlo Fisichella foi confirmado como titular, enquanto Vitantonio Liuzzi garantiu o cockpit reserva.

Embora tenha se destacado nos testes, o austríaco Christian Klien ficou de fora, bem como o piloto-patrocínio Roldán Rodríguez.

Klien, que havia abandonado o posto de test-driver na equipe Honda, deve ser substituído pelo conterrâneo Alex Wurz, ex-Williams.

Antes era a Jordan, depois virou Midland, que virou Spyker, e agora é Force India. Perguntado se o desfile iria continuar, Mallya respondeu com segurança: "A Force India veio para ficar. Não tenho dúvidas disso".

Fisichella foi escolhido para o cargo devido à sua longa experiência na categoria, que supostamente servirá para alanvancar o desempenho de um carro inferior. O piloto, inclusive, guiou pela Jordan em 1997, 2002 e 2003, e retornando agora ao time certamente encontrará muita gente conhecida.

Fisico é o tipo de piloto que dá certo em equipes médias e pequenas, mas não é mentalmente forte para andar na ponta. Seus anos de Renault foram um desastre, e nesse finzinho de carreira encontrará um novo desafio, pilotando um bólido lento ao lado de um piloto rápido, como o Sutil.

"Ao contrário do que muitas pessoas pensam, esta não foi minha única oportunidade, mas a melhor delas". Está na cara, foi a única. "Com novos donos e um orçamento competitivo, acho que podemos sacudir as coisas no próximo ano. Me sinto motivado e pronto a ajudar o time a pontuar regularmente", afirmou Giancarlo, que não desiste nunca.

A Force India foi a opção remanescente para o piloto que corria o risco de se aposentar de maneira semelhante ao Ralf Schumacher. O italiano soube agarrar essa chance e, o mais importante de tudo, enxergar um objetivo dentro desse novo contexto. Porque não vale a pena permanecer competindo se não tiver um foco para te guiar. Foi o que faltou ao Ralf, e não parece ser o mesmo caso do Fisichella. Pelo menos ainda não.