Bandeira verde para Barrichello, anticlimax para Bruno Senna. O jovem piloto lamenta não só o desfecho do caso mas sobretudo a lerdeza da Honda na condução das negociações.
"Só fico um pouco chateado por essa situação ter se arrastado por tanto tempo, o que fez com que eu perdesse melhores possibilidades profissionais. Agora vou me reunir com minha família, com orientadores e decidir que rumo tomar".
Por um lado escapa a chance de estrear na F-1. Por outro lado, a grande pergunta: passar o primeiro ano na cauda do grid é uma boa opção? É bem verdade que Bruno guiaria sem pressão por resultados, mas a insatisfação poderia tomar contar da mente do piloto. Seria estranho demais ver o nome Senna figurando nas piores posições com frequência.
Sim, claro, ele não é o Ayrton. Só que também não é o Yoong. Há quem duvide totalmente da capacidade do garoto, mas se esquecem de um detalhe: às vezes, não importa o quanto você é bom, mas sim o quanto pode melhorar.
B. Senna sofreu uma lacuna de dez anos na carreira e hoje compete em condições de igualdade contra jovens competidores que tiveram uma trajetória absolutamente normal. Se o assunto é velocidade de aprendizado, me arrisco a dizer que o sobrinho do Ayrton é superior ao Nelsinho Piquet.
A possibilidade de ganhar um bólido na F-1 em 2010 é alta. A proximidade com a Mercedes, que fornece propulsores a três equipes do grid, é uma quase garantia de que estreará com 26 anos na categoria máxima. Levará um tempo mas as expectativas têm embasamento e podem se confirmar.
Quanto a Barrichello, não há muito a acrescentar, sempre se fala bastante dele...
A sufocante novela da pré-temporada lhe rendeu o direito de disputar o último Mundial. Apenas devemos torcer para que saiba se despedir da Fórmula 1 com o mínimo de respeito por sua própria história. E que 2009 não seja tão zerado quanto 2007, apesar de Rubens estar dois anos mais velho. Isso pesa demais, no entanto, sua vontade de correr é enorme.
Ciente disso, Brawn uniu seu interesse ao de Rubens. Para o patrão, o experiente piloto será uma espécie de test-driver, exceto aos domingos. Não fossem as radicais alterações no regulamento e o demorado período de transição interna, talvez o conceito técnico de Barrichello perdesse influência na decisão de Ross.
Está quase tudo certo por lá. Março chegou e finalmente resolveram escolher um motor, um piloto, um dono e todo o restante de elementos necessários à continuidade a uma equipe de Fórmula 1. A Brawn Racing vai largar. Como e onde irá chegar é outra história...
8 comentários:
Ficando amiguinho da Mercedes, no mínimo o Senna consegue uma Force India ano que vem. Mas seria interessante vê-lo no lugar do insosso do Kovalainen na McLaren.
É agora ou nunca mais,se o carro ajudar ele vai enfiar o pé como nunca,sua última chance de ser campeão.Boa sorte Rubão.
Bem o Barrica já está acostumado em andar em último mesmo...
O que está dito no Blog é exatamente o que penso sobre Bruno Senna.
Não valeria a pena estrear num carro que é um misterio. Pode ser que Ross Brawn acerte a mão ou não (Rimou!).
E se for a segunda hipotese, pior para o Bruno.
Sendo apadrinhado pela Mercedes ele poderá estraer na Mclarem ou na Force India ou quem sabe até na propria Brawn Racing. O amanhã ninguem sabe. Tudo pode acontecer.
Pobre Bruno se ha que dado sin asiento una pena pero bueno tro año será.
Un saludo.
Ao se confirmar esta escolha começarei a duvidar da tal sabedoria de Ross em relação aos pilotos.
Começo a achar que a era Schumacher era só, unica e exclusivamente por conta do alemão,
Poxa, livre pra escolher um piloto brasileiro qualquer e ele escolhe logo um made in Paraguai?
também acho q era a melhor opção q Ross tinha. Ia ser horroroso Bruno estrear com um carro feito as pressas de uma equipe que faliu... pensem bem pessoal.
Quem é B Senna? O que ele conquistou na carreira até agora?
Ele não pode ser comparado com o Nelsinho Piquet!
Quanto ao Rubens, não tenho o que falar. Que ele encerre a carreira dele de forma digna pelo menos.
Postar um comentário