Se não pode com ele...

O chefão da Ferrari, Jean Todt, claro seguidor do estilo "quem elogia quer comprar", resolveu avaliar positivamente o desempenho do líder do campeonato, Lewis Hamilton.

"O Lewis fez uma corrida fantástica. Depois do que aconteceu, ele teve bastante sorte em marcar quatro pontos. Mas quando olhamos para trás, vemos que ele tem feito um grande trabalho nesta temporada".

Quem conhece o Todt sabe que ele não costuma elogiar ninguém sem segundas intenções. Foi assim com o Massa, foi assim com o Kimi, e não há mal nenhum em virar o olho grande para o inglesinho do time rival. De fato ele surpreendeu a todos em seu ano de estréia e seu futuro promete, mas uma tentativa de tirá-lo da McLaren, a princípio, parece algo impossível, levaria muito tempo e ainda assim poderia não dar em nada.

Vamos aos fatos: Quando uma equipe (como a McLaren) investe na carreira de um piloto desde cedo (como o Hamilton), ela tem o privilégio de abrigá-lo em seu ano de estréia, quando, de certa forma, poderá escolher o salário a ser pago ao novato. Mas daí em diante seu desempenho na pista exige um reajuste, e é bom o time estar disposto a pagar, senão... Também é bom lembrar que o incidente na Hungria mostra que Hamilton não é tão grato ao Ron Dennis como deveria. E, por último, retomamos aquela frase de Kimi Raikkonen, alegando que sua carreira não deve ser longa e que pretende se aposentar na Ferrari, onde tem um contrato assinado para 3 anos.

Sendo assim, Todt ainda tem chances de, em algum dia, ver Hamilton prestando seus serviços à Maranello, embora essa probabilidade não seja das maiores. Mas, desde já, fica a impressão de que o francês escolheu um terceiro piloto para admirar.