Ultimato

Fernando Alonso continua profundamente irritado com a atitude de Lewis Hamilton no último fim de semana. O espanhol fez uma ameaça direta ao time, mostrando total desinteresse em continuar dividindo a mesma escuderia com seu companheiro Lewis Hamilton.

"A McLaren tem de decidir: ou Hamilton sai, ou eu deixo a McLaren".

Pode ser um blefe, assim como pode não ser. Ele ainda está de cabeça quente, mas não vai ser fácil esfriá-la tão cedo. Alonso parece mesmo estar disposto a romper seu contrato de três anos só pra não ter que olhar para na cara do Hamilton, depois que ele desobedeceu a tal ordem de equipe.

A imprensa, é claro, já disparou suas previsões. O Alonso está sendo colocado na Renault ou na BMW, mas ambas as equipes já trataram de negar qualquer envolvimento com o asturiano. Se bem que o Briatore tem um olho gordo pra essas coisas...

Já o Hamilton está sendo colocado na Ferrari pelo jornal italiano Tuttosport, no cockpit atualmente ocupado por Felipe Massa, como se o Ron Dennis tivesse investido a fundo na carreira do inglês para entregá-lo a uma equipe rival no momento em que Lewis lidera com folga o campeonato mundial.

"Hamilton pode se tornar o sucessor genuíno de Michael Schumacher, já que nem Felipe Massa e Kimi Raikkonen possuem o talento do heptacampeão. Hamilton é talentoso, focado, rápido, vitorioso e faminto", publicou o jornal.

A Ferrari, evidentemente, já desmentiu o besteirol.

A questão é Ron Dennis está com um pepino bravo nas mãos e precisa se impor, antes que cada piloto tome a atitude que julgar mais correta, ignorando as suas ordens. O chefe da McLaren tem de recuperar o controle e mostrar para Hamilton que ele estava errado e que a insubordinação pode causar sérios danos ao time, assim como deve tranquilizar Alonso evitando uma possível vingança na sequência do campeonato.

Ele tem três semanas para acalmar os ânimos de seu pessoal. Ainda por cima tem de se preocupar com o julgamento na Corte das Apelações, onde correrá o risco de ver sua equipe expulsa do campeonato. Dias difíceis, esses, não?