domingo, 8 de julho de 2007

Com a palavra, Nigel Stepney

Essa foi o Fábio Seixas quem publicou.
O ex-ferrarista Nigel Stepney, possível articulador do episódio sobre o roubo de segredos industriais da Ferrari, se defendeu das acusações, alegando mais uma vez inocência no caso.
O inglês voltou à Itália na última quarta-feira, mas enfrentou alguns apertos em virtude dos acontecimentos envolvendo seu nome.
"Meu carro foi perseguido algumas vezes, em alta velocidade. Fomos seguidos por mais de um carro, com placas italianas. Na quinta-feira, consegui encurralar um deles, mas o motorista se negou a falar. Minha namorada ficou assustada. Alguém ia se machucar. Não vi outra opção que não fosse deixar a Itália".
Nigel negou, novamente, qualquer participação na entrega dos documentos.
"Eu nego categoricamente que tenha copiado ou que os tenha enviado a Mike Coughlan. Eu sabia que estava sendo vigiado. As pessoas sabem quando você acessa um documento no computador. Não tenho idéia de como Mike conseguiu essas informações. Se conseguiu, vieram de outra fonte".
Isso faz algum sentido, realmente. Até agora, as evidências acusam apenas Coughlan diretamente, já que os dados da Ferrari foram encontrados em sua casa.
Sobre a procura de emprego na Honda por parte de ambos os acusados, Stepney conta:
"Houve pessoas na Ferrari que se interessaram quando souberam que eu poderia montar uma nova equipe técnica na Honda. Mike também estava insatisfeito na McLaren. Nós conversamos e levamos essa proposta à Honda. Mas não houve nada além disso".
O engenheiro não esconde a insatisfação que possuia enquanto trabalhava para Maranello: "A Ferrari se ofendeu com isso. Comecei a me sentir como se fosse um traidor. Como parecia que eu estava contra o sistema, fui pressionado".
E, por último, a maior de todas as declarações.
Nigel deixou claro que se opunha a diversas situações internas da Ferrari, acusando a equipe de tentar queimar seu nome em virtude dessa discordância: "A Ferrari está com medo dos meus conhecimentos, do que levo na minha cabeça. Acho que sei onde estão os corpos enterrados nos últimos dez anos. E houve muita controvérsia nesse período. Fui contra o sistema e estou pagando por isso".
Aí tem.
Quanto à minha opinião, é bastante simples: já não duvido de mais nada. Tudo pode acontecer, assim como tudo pode ter acontecido.

1 comentários:

Blog F1 Grand Prix disse...

Stepney disse que foi até perseguido de carro. Caramba! Realmente não sei em quem acreditar. Não tem nenhum santo nessa história.