Era sábado, 8:55h. Estava eu sentado na poltrona da sala, munido de papel e caneta, pronto para entrar em ação. Quando a transmissão foi iniciada, veio o balde de água fria: o Galvão não estava lá.
Apesar do anti-climax, eu preferi fazer as primeiras anotações, por via das dúvidas. Primeiro copiei a forma como a Globo editou o nome do Kimi em uma classificação. Não me lembrou ao certo se era a do campeonato ou a do 3º treino livre, mas eles simplesmente escreveram: "K. Haikkonen". Na ausência do narrador principal, já tem gente pronta para substitui-lo, pelo menos com a confusão entre os sobrenomes de Mika e Kimi.
Depois veio o "sem sal" do Cléber Machado para dar início ao show de pérolas, chamando o italiano da Renault de "Fisichelli". Isso está mais para nome de marca de pneu, mas tudo bem.
Só sei que depois eu desisti, resolvi não prestar a atenção nas besteiras do pessoal, assim como fiz em um outro GP deste ano, em que o Cléber também narrou. Não lembro se foi Malásia ou Bahrein, foi por aí. Então parei, até porque meu compromisso era com o Galvão e, embora o locutor nº 2 cometa lá seus erros, eles não têm tanta graça, não soa tão trágico.
Acabei sendo surpreedido no post da corrida, com os pedidos de "Vai que é tua, Cléber!". Infelizmente não me preparei para isso, mas já que vocês querem, tenho que dizer alguma coisa, qualquer coisa que eu consiga me lembrar.
No domingo, eles não falharam pouco, parecia que os comentaristas estavam ajudando, incentivando o narrador a cometer erros. Burti falou suas bobagens, até Reginaldo soltou umas, e o Cléber foi se inspirando a evoluir suas lambanças.
Durante a prova, talvez tenha sido o Burti quem disse que o Massa tinha que se preocupar com o Hamilton e não com o Raikkonen, porque a Ferrari não deixaria que as posições se invertessem. De onde ele tirou essa idéia?
Ainda tivemos o Reginaldo apostando que o Massa partiria para cima do Raikkonen após perder a liderança. "Não tenha dúvidas", afirmou o mestre Regi, crente que havia chance de o Felipe fazer uma ultrapassagem.
E o Cléber? Diante da maluquice do Albers, ele culpou o mecânico! Como o amigo Felipão captou letra por letra, reproduzo aqui a frase do vice-locutor: "Não foi o Albers que errou. Não tem nem conversa, o erro foi do mecânico!" Então tá.
Mas o que não poderia deixar de publicar era o Luciano Burti agourando para o lado do Kimi. Ele contava o episódio de 2002, quando Raikkonen liderava o GP da França e Schumacher vinha logo atrás. Quando o finlandês passou no óleo, o alemão assumiu a ponta e conquistou o pentacampeonato com antecedência. Se não fosse por isso, Michael acabaria fazendo a festa em casa, que seria a próxima etapa do mundial. O fato é que Cléber Machado se intrometeu para dialogar com o Luciano:
-Que secada, hein, Luciano Burti! Que secada, Burti!
-Eu sou do Brasil, tenho que torcer para o brasileiro.
Bem, já que consegui lembrar de algumas só para não passar em branco, nada melhor que encerrar com uma frase dele, o grande, o ilustre, o maior, o genial Galvão Bueno, durante o jogo do Brasil-sil-sil!
"Felipe Massa perdeu mais para o tráfego que para a velocidade do Raikkonen".
2 comentários:
hahahahahahah
essa do Burti foi péssima. Achei de uma falta de bom senso terrível...
E não sei se você percebeu, Felipão. Foi uma farra sem o Galvão.
Todo mundo falava em cima das conversas de rádio...
O CM ele erra pq é burro mesmo, não é falta de informação...
Imagine, o sujeiro toda hora narrava replay...
Eu acho que grande parte da diversão de se falar mal do Galvão é pela postura imperial que ele adota dentro das transmissões...
Se ele não fosse tão mala, teria tanta graça quanto falar mal dele quanto do Cléber...
O Murray Walker é um exemplo disso. Ninguém fala mal do cara. E ele fala tanta ou mais merda do que o Galvão. Só que o Murray reconhece que errou já na transmissão. O Galvão tem certeza que o último erro de narração que ele cometeu foi confundir o Mauro Galvão com o Romário na final da Copa América de 1989...
[]'s
Kohara
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