segunda-feira, 23 de julho de 2007

Vai que é tua, Galvão!

Já tivemos fins de semana mais inspiradores para o nosso Galvão, neste último GP ele foi bem mais ou menos.
A primeira do sábado demorou a vir, mas veio quando nem o Burti conseguiu entender direito o que a equipe falou com o Button pelo rádio.
"Se você ouviu 'almost', você já ouviu muito bem, porque eu não consegui ouvir absolutamente nada". Isto é uma grande novidade, sem dúvida.
Para terminar o aquecimento, ele fala sobre o velho Nurburgring, que é aberto para visitantes darem umas voltinhas no circuito. O locutor também já teve o privilégio de passear por lá, apesar de ficar reclamando.
"Eu tomei um susto quando vi um daqueles Porches de corrida passando por mim. Mas foi muito rápido! Realmente é uma irresponsabilidade". Sim, é muito perigoso. Galvão no volante, perigo constante. Ora, por que entrou, então? Para ver as árvores? Ao menos chamasse o Cacá para guiar, passaria o mínimo de segurança e não daria tanto desespero.
"Agora eles colocaram uma tarjinha escrita REPLAY ali. É sempre bom que as coisas vão se adaptando às necessidades". Às necessidades de quem? Tá, não precisa responder. O pior é que agora não tem mais desculpa para errar...
O narrador faz uma graça com o computador, que não estava recebendo as informações rapidamente: "O nosso computador tá mais lento que o carro do Winkelhock". Bastou falar mal para o cidadão liderar a corrida no dia seguinte.
A segunda parte do qualifying ia chegando ao fim, e ele exclamava com surpresa ao ver certos pilotos que ainda não tinham feito tempo para a superpole: "A Williams do Wurz! A Renault do Fisichella! A Honda do Barrichello!!!". Uau! Rubinho não se classificou... Deve haver algo errado...
No início do Q3: "E agora é pra valer! Quer dizer, não tão já. Não tão já". Ô, amigo; decide, amigo...
O Alonso passa numa curva e a câmera dá um 360º na vertical.
"Essa câmera é uma loucura, parece uma carrossel. Eles fazem uma loucura e viram o carro de cabeça pra baixo". Pera lá! Isso tá virando sensacionalismo, hein!
Galvão sobre Hamilton: "É a primeira vez que Alonso tem problemas".
Quando o inglês bateu, o narrador já foi culpando o piloto, mas não vou me aprofundar nessa parte, até porque todos lembram muito bem, além de que eu também pensei o mesmo. A gente fica tão aficcionado para ver o cara errar que acaba dando nisso.
O pior aconteceu quando o piloto entrava no carro de resgate e fazia sinal positivo para o público: "Aí o Robinho dando sinal... O Robinho não! Acabou saindo o apelido...". Êêêêêêêêêê, Galvão! Te cuida, rapaz! Se voltar a chamar o cara de Robinho a gente cai dentro de novo. Tá avisado.
A melhor do treino foi esta: "É impressionante a capacidade que um carro de F1 tem de absorver uma pancada dessa bem acima dos 18 km/h!" Nossa... Essa foi de matar. De onde ele tirou esse número?! Tem gente que se impressiona com cada coisa, viu...
Uma informação da direção de prova aparece no vídeo em inglês. O poliglota traduz com maestria: "Reparos necessários para... para... para... para a..." Burti se intromete e tira nossa diversão, fazendo a tradução correta.
Eram 15:22h, horário local, e surge outra informação no vídeo, dizendo que o treino terá reinício às 15:27h. Lá vem ele: "E agora eles pedem mais 15 minutos". Distraído como sempre...
Na corrida houve o mesmo problema do GP canadense. Teve tanta confusão, que mal pude prestar atenção nas bobagens do Galvão, mas segue o que deu pra pegar.
Com a homenagem ao heptacampeão, o narrador resolveu utilizar a pronúncia correta de seu nome. Mas deu um jeitinho de se atrapalhar.
"Michael Schumacher, ou Mirrael Schumarrer, como dizem os alemãos". Quem?! "Os alemães. Desculpe".
Todos se surpreenderam com as seis ultrapassagens do Hamilton em apenas duas curvas. Reginaldo disse que talento é talento, e o Galvão acrescentou: "Não! Talento é talento e BMW batendo é BMW batendo!" É, né... sou obrigado a concordar...
Quando a chuva veio abaixo, escutamos sua voz passando a informação técnica: "A água é muito grande!"
Sobre a direção ter permitido a largada momentos antes da chuva: "Olha, seu Charles Whiting, o senhor deveria ser punido". Isso é verdade. Deveriam mandá-lo ficar 10 segundos parado nos boxes.
Mas o melhor veio logo depois, com a discussão entre Galvão e Reginaldo Leme. O primeiro atacava o Whiting de todas as formas, enquanto o comentarista fazia a defesa. Parecia coisa de advogado.
"Ele não podia permitir a largada!". Reginaldo diz que ele quis apenas cumprir o horário.
"Ele errou o vencedor da GP do Brasil de 2003!", mas Regi responde que era uma falha até normal diante daquela confusão toda, e que ele não demorou para reconhecer e logo tudo foi corrigido.
"Ele vem todo ano reclamar do circuito de Interlagos!" O comentarista apenas responde que faz parte do trabalho dele.
Placar geral: Reginaldo 3 x 0 Galvão. Flawless victory.
As posições na pista eram Massa em primeiro, Alonso em segundo e Raikkonen em terceiro, e o finlandês cada vez mais próximo do espanhol.
"O Felipe vai deixar a briga com o Alonso. O Raikkonen vai ser atacado pelo Alonso". Como isso, amigo? O espanhol vai dar um ataque de traseira?!
"Massa é o primeiro, 2.5s atrás do Alonso". Credo... Já tava cantando derrota...
Hamilton é retardatário e está prestes a tomar uma volta do Massa, após ser agitada a bandeira azul.
"Hamilton deixou passar! Tá certo, eles são amigos..." Sem comentários, essa.
Começa a chover no final da prova e os mecânicos da McLaren se aprontam para a troca de pneus. E dá-lhe Galvão: "A McLaren vai arriscar!" Putz... que arriscar o quê?! Eles vão colocar os pneus certos pra tentar permanecer na corrida. A essa altura ele já tava completamente louco com as emoções da corrida.
Como bem me lembrou o amigo Pezzolo, o narrador global se desesperou a poucas voltas do fim, querendo que tudo terminasse antes das hora: "O Jean Todt deve estar com o dedo no botão da FIA pra acabar a corrida. O Jean Todt tem que acabar a corrida!" Tá podendo, esse Jean Todt, não?
Ao contrário do que Galvão pensava, o dedo do ferrarista não era tão influente assim. A corrida acabou e nos resta saber como ficou a situação do campeonato: "O Massa estava 19 pontos atrás do Hamilton, agora está 8". Ué... mudaram a pontuação, sr. Galvão? O mestre Reginaldo estava ligado e corrigiu dizendo que eram 11. "Onze, onze, foi o que eu disse", respondeu o locutor convicto.
Para encerrar, não poderia ser nada diferente da briga entre Massa e Alonso. Enquanto eles discutiam, o locutor, ao invés de ouvir, tentava dublar deduzindo o que os pilotos estariam dizendo. Coisa do tipo: "Daí o Massa diz pra ele 'vá te catar!'" e pro aí vai. Acabou que ninguém entendeu nada do que foi dito. Tivemos que esperar o vídeo com legendas (publicado nos segundo post abaixo deste) que a Globo forneceu, sem a gloriosa voz do Galvão, é claro.
Acho que quem merece o prêmio de mala na transmissão deste GP era o Cléber Machado. Esse sim falava mais do que deveria. A natação já tinha acabado e ele ficava lá gritando e a gente desesperado pra assitir à corrida.
Falando em corrida, a próxima vem daqui a duas semanas, quando o Pan já vai ter terminado e ninguém mais interromperá o narrador principal, sobrando-lhe mais tempo para dizer o que der na telha.

3 comentários:

Unknown disse...

Os "alemão" foi ótima. Mas teve o momento boca maldita: "Esse é o Mario Theissen, é a pessoa mais feliz na F-1 hoje!" Na mesma hora as BMW bateram e a felicidade de Mario acabou.

Mauro Cesar Costa disse...

Putz O GaGA j� erra narrando in loco, qundo mais tenfo que narrar pelo monitor e um computador "lento". Esquece ele do Delay. Vai que � tua Maciel, e v� se faz logo um livro. rsss!!

Anônimo disse...

Não sei como você tm a paciência da relembrar tudo isso. Eu só dou um berro, tipo "aaai" ou "puuuts", e já vou aguardando a próxima "Gagá-da".

Só pra completar: alguem notou ele disse "o Räikkönen já tá em quarto"? Não, não foi parente do finlandês, foi o Hamilton.

Mais tarde foi a vez do Heidfeld que teve que desistir do nome de família para acomodar o Galvão chamndo ele de "o Räikkönen" também.

Ah, você achou que tem a ver com a semelhança de pronuncia da primeira silaba de Räikkönen, Hamilton e Heidfeld? Sinto, não é tão simples de decifrar o que acontece na cabeça do homem.

Pouco depois chamou o cara naquela Renault, cujo nome começa com Ko... de "Räikkönen" também. Bom, pelo menos ambos os pilotos são finlandêses...

Mario Bauer, www.gpinsider.wordpress.com